segunda-feira, 2 de junho de 2014

18.MÉXICO / 19. CROÁCIA / 20.ARGÉLIA


18. MÉXICO


Não há momento mais inoportuno para uma Copa do Mundo do que agora para os Mexicanos. O time passa por uma crise que chega a ser inacreditável pelos bons jogadores que têm e principalmente pelo título olímpico conquistado em cima do Brasil.
Para piorar um pouco mais a situação, em 2013 a seleção mexicana teve 4 técnicos diferentes! José Manual de La Torre, Luis Fernando Tena, Victor Vucetich e, agora, Miguel Herrera estiveram à frente dos mexicanos tentando encontrar o melhor do seu futebol, mas sem sucesso algum. Na Copa das Confederações, principal “aquecimento” para a Copa do Mundo, o México nem mesmo avançou para as semi-finais e pela tendência corre grande risco de ficar para trás na fase de grupos também.

Júlio Ochoa; Aguilar, Rafa Marquez, Francisco Rodriguez e Layún; Medina, Peña, Guardado e Giovanni dos Santos; Javier Hernandez e Peralta. Técnico: Miguel Herrera.

4-4-2

Pontos Fortes

Fica com a dupla de ataque. Oribe Peralta já é um conhecido pelos brasileiros, por ter afundado a seleção canarinha nas Olímpiadas de Londres de 2012, tirando o tão sonhado ouro de nossas mãos. E seu companheiro de ataque é Javier Fernandes, o famoso Chicharito do Manchester United, se apresentou bem na Copa das Confederações apesar do péssimo resultado da seleção mexicana como um todo. E, se ainda a estrela do ex-Barcelona e atual Villareal, Giovanni dos Santos, resolver aparecer, esse trio ofensivo pode se destacar, levando os mexicanos a sonhar com algo a mais nessa Copa, apesar de muito improvável.
Deve-se lembrar que o México tem um histórico favorável diante o Brasil – um dos seus adversários no Grupo A – com vitórias importantes sobre a seleção canarinha, como na Copa Ouro, na Copas das Confederações de 99 e 2005, além do Ouro conquistado sobre nós nas Olimpíadas de 2012.

Pontos fracos

Como pode se perceber o México é ainda um rascunho de time que por sorte conseguiu a classificação para a Copa do Mundo. A situação por lá está tão complicada que para a repescagem contra a Nova Zelândia o técnico Miguel Herrera decidiu abrir mão dos seus craques internacionais, utilizando apenas àqueles que atuavam pelo campeonato mexicano.
As trocas constantes de técnico apenas contribuem para que o time não encontre o seu padrão de jogo, e a indefinição da utilização das estrelas internacionais, deixando para conseguir um entrosamento apenas nos momentos finais tornam o México ainda mais frágil.

Destaque do México

Apesar da veia goleadora de Peralta, assim como o seu brilho nas Olímpiadas de 2012 perante o Brasil, o destaque é Javier Hernadez “Chicharito”, o jogador do Manchester United está acostumado com o futebol de mais alto nível e deverá estar em condições de fazer uma boa Copa do Mundo se a equipe se acertar até lá.

19. CROÁCIA


O sorteio para a Copa do Mundo trouxe, aos croatas, uma ingrata e nada surpreende notícia: a Croácia volta a fazer parte do grupo brasileiro, assim como em 2006, quando estreou contra a seleção canarinha. Portanto, 12 de Junho, em São Paulo, croatas e brasileiros voltam a medir forças na grande estréia dessas duas seleções.
Para se classificar para a Copa, a Croácia teve que passar pela Islândia na repescagem, e espera fazer uma campanha melhor do que a histórica e áurea campanha de 1998, onde conseguiram a sua melhor colocação nas Copas, ocupando o 3º lugar.

Pletikosa; Srna, Corluka, Lovren e Pranjic; Rakitic, Kovacic e Modric; Olic, Eduardo da Silva e Mandzukic. Técnico: Niko Kovac

4-3-3

Pontos Fortes

Como não se via há muito tempo, a Croácia vem para essa Copa com bons valores individuais e com experiência internacional em grandes clubes, é o caso do meia Modric, do Real Madrid, que apesar de não conseguir manter a qualidade das suas apresentações com a camisa croata, pode surpreender justamente pelo fato de estar sendo pressionado pela mídia e os torcedores de seu país.
O trio de ataque: Eduardo da Silva, Mandzukic e Olic também empolga! O brasileiro naturalizado croata defende o Shaktar Donetsk, e já havia rodado a Europa e pode colaborar com a experiência que foi herdada. Porém, as atenções se voltam especialmente para Mario Mandzukic, atacante do Bayern de Munique, que ganhou tudo que podia com o time alemão no ano de 2013, inclusive o Mundial de Clubes.

Pontos fracos

Pode parecer brincadeira, mas não é! O zagueiro Josep Simunic, foi punido pela FIFA em 10 partidas válidas em jogos internacionais por entoar cânticos nazistas após a classificação de sua equipe. Simunic era titular da posição, com isso o setor defensivo perde entrosamento que deverá ser readquirido pela nova dupla Lovren e Corluka.
Já formação adotada pelo treinador Niko Kovac valoriza a ofensividade croata, o que pode ser muito positivo para enfrentar equipes de igual qualidade ou inferior, porém pode abrir espaço para equipes mais ofensivas explorar a já desfalcada zaga croata. Além disso, quem ocupa a posição da lateral esquerda é o meia improvisado Pranjic, que pode acabar entregando o ouro em momentos de pressão.
É comum que Mandzukic jogue mais recuado ajudando Modric na criação, distanciando o goleador do lugar que deveria estar: na grande área.

Destaque da Cróacia

O destaque é para o goleador do Bayern de Munique, o melhor time do mundo de 2013 e que simplesmente ganhou todos os títulos que podiam ao comando de Pepe Guardiola. Mandzukic se não for bem acompanhado pelos zagueiros adversários deverá guardar o seu.
20. ARGÉLIA


Após uma partida dramática contra Burkina Fasso, onde a soma dos placares nas eliminatórias ficou em 3×3, mas a vantagem de marcar 2 gols fora de casa conseguiu carimbar o passaporte argelino para a Copa do Mundo no Brasil, a seleção da Argélia embarca pela 4ª vez rumo ao mundial, estando presente apenas em 1982, 1986 e nessa última edição de 2010. É o único país representante da África Árabe e, mesmo caindo em um grupo sem grandes potencias do futebol, sabem que avançar para as oitavas é extremamente improvável. Com um futebol de baixa qualidade e optando sempre em se retrancar ao máximo, a proposta argelina é não fazer feio e aproveitar a oportunidade para festejar bastante.

Zemmanouche; Khoualed, Ghoulam, Bougherra e Medjani; Lacen e Taïder; Feghouli, Brahimi e Soudani; Belfodil. Técnico: Vahid Halilhodzic

4-2-3-1

Pontos Fortes

A Argélia é uma seleção sem craques ou estrelas para se ter como referência. Apesar de ter alguns bons jogadores que atuam na Inter de Milão (como Belfodil e Täîder), no Valência (Sofiane Feghouli) ou ainda no Sporting (Islam Slimani), a seleção busca a sua força na coletividade, tanto que todos se empenham muito em defender, fazendo uma verdadeira retranca, povoando o setor defensivo e o meio de banco, para depois sair para o jogo. 
O time joga de maneira compacta, e a reformulação feita pelo ex-técnico da Costa do Marfim Vahid Halihodzic tem apostado na juventude, fazendo renovações pontuais no elenco para trazer mais vigor na saída de bola argelina.
Pontos fracos
As eliminatórias africanas não conseguem simular, nem de perto, as reais dificuldades que serão encontradas em uma Copa do Mundo. A seleção argelina foi muito pouco testada e, quando o foi, jogou apenas com seleções de pouca expressão, como foi o caso do jogo que ficou em 3×3 contra Burkina Fasso, seleção fraquíssima tecnicamente.
O elenco carece de qualidade técnica e de jogadores que possam definir quando necessário. É um time que luta desde o primeiro momento pelo 0×0 e, de tanto se fechar, parece até mesmo se esquecer de como sair para o jogo com verticalidade e objetividade.
Destaque da Argélia
O jovem atacante Ishak Belfdodil, pela sua experiência na Calccio pela Inter de Milão, se destaca entre os onze titulares. É um jogador que combina de uma maneira interessante força e agilidade, é driblador e possui boa técnica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário