segunda-feira, 2 de junho de 2014

24. BÉLGICA / 25. IRÃ / 26. GRÉCIA



24. BÉLGICA


Depois de ficar de fora das duas últimas Copas do Mundo, a Bélgica desembarga no Brasil com um time forte e com um quarteto ofensivo e promissor que tem sido lapidado ao longo dos últimos anos. A falta de experiência em competições mundiais é um peso grande. Porém, o trabalho da Bélgica se foca no longo prazo, o time é jovem e muito provavelmente alcance a maturidade em 2018, onde poderá fazer uma Copa para, quem sabe, figurar entre as principais seleções.
Ainda assim, a sorte foi generosa com os belgas, que caíram em um grupo onde eles possuem plenas chances de liderar. Tudo isso somado a empolgação de nunca ter formado um time tão forte como esse, a Copa de 2014 pode se tornar, se não uma grata surpresa, ao menos um excelente laboratório para essas jovens estrelas.

Courtois; Alderweireld, Kompany, Vermaelen e Vertonghen; Witsel e Defour; De Bruyne, Fellaini e Hazard; Lukaku. Técnico: Marc Wilmots.

4-2-3-1

Pontos Fortes

Apesar de no esquema jogarem em um 4-2-3-1, ao se lançar no ataque Hazard e De Bruyne abrem bastante e chegam como verdadeiros pontas. O estilo de jogo é muito parecido com o do futebol holandês. É justamente pelos flancos que a Bélgica encontra a sua maior ofensividade e as suas principais jogadas de perigo.
Hazard joga pela esquerda e é muito rápido, técnico e driblador. Consegue encontrar espaços, sendo sempre um perigo próximo a grande área. Já pela direita, a Bélgica encontra uma poderosa arma à longa distância em outro jovem jogador: De Bruyne, não tão técnico quanto Hazard, mas muito aguerrido e determinado. Ambos são jogadores do Chelsea e esse entrosamento pode contar bastante a favor da Bélgica nessa Copa. Fellaini, do Manchester United, e Lukaku, do Everton, terminam de formar um quarteto ofensivo de muita energia e com a experiência de uma Premier League, que pode suprir a pouca tradição belga em Copa do Mundo.

Pontos fracos

Se o ataque estiver bem marcado, dificilmente pode se esperar algum elemento surpresa, principalmente pelas laterais, onde Alderweireld e Vertonghen atuam mesmo sendo zagueiros de origem, para fechar o setor.
Um dos desafios do técnico Marc Wilmots é trazer essa nova filosofia ofensiva aos belgas, pois historicamente a Bélgica sempre jogou de maneira a se fechar para depois sair para o jogo, raramente impondo o seu futebol.

Destaque da Bélgica

O jovem Hazard, de 23 anos, foi mais uma das contratações milionárias do Chelsea, desembolsando 32 milhões de libras ao Lille, da França. O jogador, mesmo sendo jovem, já deixou o status de ser uma promessa há muito tempo para se tornar um talento do futebol mundial.
25. IRÃ


O Irã vem para a sua 4ª participação em Copas do Mundo, sendo considerada uma grande novidade, afinal, apesar das fracas eliminatórias que geralmente é enfrentada na zona asiática, os favoritos eram a Coréia do Sul, que foram derrotados tanto dentro como fora de casa pelo placar de 1×0. O português Carlos Queiroz é quem tentará mudar a imagem de mero coadjuvante do Irã e mira pelo menos uma classificação às oitavas de final para já valer a participação no mundial. A bagagem do português pela própria seleção de Portugal em 2010 e a sua experiência no futebol mundial, com passagens por clubes como Sporting, Real Madrid e Manchester United, espera-se agregar maiores valores ao futebol iraniano.

Ahmadi; Heidari, Hosseini, Sadeghi e Beikzadeh; Nekounam, Teymourian, Dejagah e Jabari; Ansarifard e Ghoochannejhad. Técnico: Carlos Queiroz

4-4-2

Pontos Fortes

O futebol iraniano se destaca em sua objetividade e a troca de passes visando sempre a manutenção da posse de bola.
Os cruzamentos e o jogo aéreo como um todo é um fundamento bastante presente no futebol do Irã, sempre buscando os seus atacantes que apesar de não terem uma altura que desequilibre muito no confronto com os zagueiros, seus 180cm combinados com a boa impulsão tem resultado em gols. Os atacantes, por sinal, são novos e especialmente oportunistas, Ansarifard e Ghoochannejhad possuem respectivamente 23 e 26 anos.

Pontos fracos

O Irã é uma seleção que se testa muito pouco, dificilmente marca amistosos e, além disso, as eliminatórias asiáticas oferecem um nível de dificuldade muito abaixo daquele que será enfrentado em uma Copa do Mundo, portanto pode-se esperar uma seleção despreparada para uma competição dessa magnitude. Poucos são jogadores do Irã que atuam pelo Europa e dificilmente o campeonato iraniano servirá de um preparativo que os permite avançar de fase.
A intensidade do jogo também é sentida pelos jogadores, normalmente, por volta do último terço do jogo, os jogadores já começam a cair de rendimento e, ao invés de trabalhar as jogadas, preferem fazer lançamentos longos e dar chutões para frente buscando os atacantes. Essa queda de rendimento os faz jogar muito recuados e seleções com melhor preparo físico podem crescer nos instantes finais.

Destaque do Irã

O meio-campista, Javad Nekounam, por jogar como um volante inicia as jogadas de ataque do Irã, é um jogador inteligente e com boa precisão em seus passes e lançamentos.

26. GRÉCIA


A Grécia vem embalada por uma boa participação nas eliminatórias, sendo que a sua campanha teria lhe dado uma vaga direta em 5 dos 8 grupos da Europa. Como no Grupo G a disputa foi mais acirrada, a Grécia precisou aplicar 8 vitória em 10 partidas, sendo as outras duas um empate e uma derrota. Agora, caiu em um grupo complicado e bastante competitivo, terá que repetir ou ainda melhorar o seu desempenho para sonhar em avançar.

Karnezis; Torosidis, Siovas, Sokratis e Holebas; Maniatis, Tziolis e Karagounis; Salpingidis e Samaras; Mitroglou. Técnico: Fernando Santos.

4-3-2-1

Pontos Fortes

O estilo de jogo grego é muito próximo àquele acostumado pelos corinthianos, o bom e velho “titebol”, que se não faz, também não leva. A zaga é muito protegida pelos volantes Tziollis, Maniatis e Karagounis, tornando-se um time de difícil infiltração.
Nas eliminatórias, em dez jogos, os gregos venceram 5 partidas pelo placar mínimo de 1×0. O próprio esquema tático de 4-5-1 permite esse reforço defensivo colocando, na maior parte das vezes, 10 jogadores atrás da linha da bola, com apenas Mitroglou na frente.
Pontos fracos
Devida a disciplina e eficiência na aplicação da tática, os jogadores gregos só não marcam pela falta de qualidade técnica, Mitroglou está em boa fase e é cogitado como futura contratação de algum dos grandes europeus, mas uma andorinha não faz verão, e se a bola não chegar em boas condições, o artilheiro não deverá operar milagres.
Ofensivamente o time é pouco criativo. Está certo que defensivamente é um time bastante eficiente, mas quando a tarefa é atacar, a situação se complica. Em jogos contra o Japão é capaz de não tomarem gols, no entanto com seleções ofensivas como Costa do Marfim e Colômbia eles terão muitas dificuldades.
Destaque da Grécia
É o atacante e craque grego Mitroglou: um jogador forte fisicamente, de boa estatura, que finaliza e dribla muito bem. Na repescagem, Mitroglou fez 4 dos 3 gols marcados pela Grécia e deverá ser a grande referência dos gregos nessa copa.

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