segunda-feira, 2 de junho de 2014

21. PORTUGAL / 22. SUIÇA / 23. CHILE

21. PORTUGAL


Após a tímida participação na Copa de 2010, sendo eliminados nas oitavas de final, os portugueses conseguiram se classificar no suor e nos três gols de Cristiano Ronaldo nas eliminatórias da repescagem contra a Suécia de Ibrahimovic. O momento de Portugal não é dos melhores, a seleção segue instável, tendo resultados adversos contra equipes teoricamente fracas, como é o caso da Irlanda do Norte e Israel e, para complicar, ainda caiu em um grupo bastante competitivo, com Alemanha, Gana e Estados Unidos. Isso significa que se esses tropeços se repetirem, podem terminar a sua participação no mundial mais cedo do que imaginam. Porém, Portugal acredita em um “quase fator casa”, uma vez que contarão com a simpatia e o apoio de torcedores que compartilham do idioma português aos laços históricos que já datam mais de 510 anos.


Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Raul Meirelles e João Moutinho; Cristiano Ronaldo, Nani e Helder Postiga. Técnico: Paulo Bento

4-3-3

Pontos Fortes

Cristiano Ronaldo apesar de ser um atacante joga muito aberto e auxiliando no desenvolvimento das jogadas pela esquerda, isso facilita e muito a transição defesa > meio de campo > ataque, tornado a equipe muito perigosa nos contra-ataques. O meio de campo é bem organizado por João Moutinho, meio campista do Mônaco, que está em ótima fase. CR7 é um ponto forte à parte, e a excepcional fase do jogador pode fazer Portugal sonhar com algo além das oitavas de final, patamar alcançado na Copa de 2010.
O setor esquerdo de Portugal é bastante ofensivo e não apenas devido a Cristiano Ronaldo, mas também pelas constantes subidas em velocidade de Fábio Coentrão.
Pela direita, temos um futebol mais conservador de Raul Meirelles, que guarda mais posição do que Coentrão. Porém, Nani é um atacante, veloz, driblador e muito técnico, o que revela a grande qualidade que Portugal terá pelos flancos.
Outro ponto interessante é que tanto Nani como Cristiano Ronaldo sabem jogar pela direita ou pela esquerda, isso dá uma flexibilidade enorme para o treinador Paulo Bento, que poderá invertê-los ao longo da partida de acordo com a necessidade.

Pontos fracos

A dependência de Cristiano Ronaldo é clara e pôde ser muito bem vista nas eliminatórias onde o craque português fez os 3 gols contra a Suécia de Ibrahimovic. A equipe é muito instável e não passa confiança, a classificação apenas na repescagem não foi digerida muito bem e questiona-se como irão se comportar em um grupo tão forte como o grupo G.
Pelos torcedores merengues, Fábio Coentrão às vezes é chamado de “Avenida Coentrão”, devido ao ímpeto em atacar e voltar pouco para marcar, o que pode ceder boas oportunidades de contra-ataque por esse setor.
De acordo com a mídia esportiva portuguesa, a seleção de Portugal continua sendo um “exército de um homem só”. Com CR7 anulado, o time praticamente morre.

Destaque de Portugal

Não poderia ser outro além de Cristiano Ronaldo, suas belas atuações tanto pela seleção portuguesa como pelo Real Madrid o credenciaram ao Bola de Ouro. CR7 é um dos melhores jogadores do futebol de todos os tempos e muito decisivo, vai dar trabalho aos adversários.
22. SUIÇA


A Suíça passou por um grupo duro nas eliminatórias para a Copa do Mundo e fez valer a sua classificação para o mundial no Brasil garantindo a liderança do grupo 5. O técnico alemão Hitzfield é bastante competente e soube aproveitar bem a safra de jovens jogadores campeões pelo mundial sub-17 de 2009. Cair no Grupo E aumentam e muitos as suas chances de fazer uma boa campanha e dar trabalho aos grandes favoritos nessa Copa do Mundo e, junto a França, são favoritos para avançar para a próxima fase.

Diego Benaglio; Lichtsteiner, Fabian Schär, Von Bergen e Ricardo Rodriguez; Inler e Behrami; Xherdan Shaqiri, Xhaka e Stocker; Seferovic. Técnico: Ottmar Hitfield.

4-2-3-1

Pontos Fortes

A defesa toma pouquíssimos gols, priorizam muito a marcação e buscam o contra-ataque e gostam de alçar bolas na área. Não é um futebol muito vistoso, mas caiu em um grupo relativamente fácil e tem boas chances de avançar.
O 4-2-3-1 proposto pelo técnico Ottmar Hitfield trava as subidas dos laterais Lichsteiner e Rodriguez, que ajudam a compor o miolo de zaga e passa a responsabilidade das jogadas pelos flancos aos meias Stocker e Shaqiri. Por ser a grande estrela do plantel suíço, Shakiri é sempre acionado nos contra-ataques e as jogadas tendem a ser desenvolvidas prioritariamente pelo lado direito. Seferovic, atacante do Real Sociedad, é eficaz e se encarrega de definir as jogadas criadas pelo seu meio de campo.
O treinador Ottmar Hitfield é um ponto forte à parte e tem construido uma cultura forte na seleção Suíça desde 2008, o técnico é rodado e já conquistou títulos importantes pelo Borussia Dortmund e Bayern de Munique. Esse trabalho a longo prazo tem ajudado a equipe a encontrar um entrosamento, principalmente no meio campo que conta com Inler, Behrami e Dzemaili (reserva), todos jogam juntos no Napoli.

Pontos fracos

Se a defesa é alvo de elogios o ataque é bastante inseguro. Os jogadores são jovens e o time sente a necessidade de uma liderança ofensiva para a equipe, sendo sentido em vários momentos o nervosismo aflorado entre seus jogadores de ataque. Com as jogadas de ataque buscando quase sempre o meia Shaqiri, a Suíça torna-se previsível e facilmente anulável.

Destaque da Suíça

É ele mesmo, Xherdan Shaqiri, o jogador é rápido, habilidoso e consegue jogar em alto nível pelos 90 minutos e, com espaço para as suas jogadas, consegue oferecer bastante perigo aos seus adversários.

23.CHILE


É realmente uma pena para os fãs do futebol que o Chile tenha caído em um grupo tão disputado como o B. O bom futebol praticado pelos chilenos, tendo conquistado o 3º lugar na classificação para a Copa do Mundo na Zona Sulamericana, terá Espanha e Holanda pela frente. Ainda assim, o Chile tem no seu futebol, que enche os olhos de quem gosta de assistir uma boa partida, o potencial necessário para ir às oitavas de final. E terá um grande teste nessa Copa do Mundo para se provar como umas principais forças do futebol sulamericano.

Bravo; Gary Medel, Marcos González e Gonzalo Jara; Mauricio Isla, Arturo Vidal, Marcelo Díaz e Eugenio Mena; Jorge Valdívia; Eduardo Vargas e Alexis Sanchez. Técnico: Jorge Sampaoli.

3-4-1-2

Pontos Fortes

O treinador Jorge Sampaoli, além de absorver a cultura imposta de Marcelo Bielsa, é um grande defensor do futebol ofensivo, o que é possível se observar no próprio esquema tático que a primeira vista parece um 3-4-3, mas que ao longo da partida se modifica para um 3-4-1-2, passando por um 3-3-1-3, ou até mesmo para um 5-4-1 para se defender reduzindo os espaços e saindo em contra-ataque pelas pontas.
O time é muito dinâmico e o entrosamento chega a surpreender quem acompanha a seleção chilena. O time pressiona muito a saída de bola adversária, utilizando a capacidade atlética de Eduardo Vargas e Alexis Sanchez. E com a bola, o time troca passes rapidamente e sempre fazendo triangulações que permitam abrir os espaços para os seus pontas entrarem, que jogam entre os zagueiros e laterais e utilizam da sua grande velocidade como uma grande vantagem para criar jogadas de perigo.
Valdívia, nesse esquema, joga como um “falso 9″, jogando um pouco adiantado no meio de campo e aparecendo na área para se juntar aos atacantes.

Pontos fracos

Por pressionar a saída de bola, o time chileno gera espaços para que equipes habilidosas como Espanha e Holanda possam explorar. Ao perder a bola, o time leva algum tempo para se reorganizar. Como a pressão é intensa, a zaga e os volantes podem se sobrecarregar, especialmente Arturo Vidal, volante da Juventus, que terá a importante missão de fazer o primeiro combate e tentar matar a jogada.

Destaque do Chile

É o atacante do Barcelona e principal referência chilena, Alexis Sanchez. Desde que saiu do Colo-colo, Sanchez tem justificado o porquê de ter sido considerado uma das grandes promessas do futebol mundial e deverá ser o artilheiro do Chile nessa Copa.


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